A dor nos faz perder o controle, as esperanças, o ânimo, a coragem, entre outras coisas. Mas vejamos de um ponto de vista diferenciado.
Imaginem que vocês são índios, e como índios estão indo pescar em uma lagoa de águas turvas, escurecidas.
Encontrar peixe nessa situação, é bem complicado, seria necessário uma sensibilidade auditiva muito grande ou algum tipo de sentido mutante, sensor térmico e por aí vai.
Agora, imaginem se esse peixe brilhasse, como se ele fosse um farol, dentro das águas turvas a te sinalizar que ele está ali, pronto para ser apanhado.
Ficou mais fácil não é verdade?
Pois bem, eis a dor.
Isso mesmo, muitas vezes nossos defeitos se escondem atrás da turvicidade de nosso orgulho, medo, não desejamos ve-los ou não temos capacidade para encontra-los.
É ai que surge a dor, como efeito de um defeito, sinalizadora de que algo está errado, a nos sugerir que precisamos melhorar em algum aspecto.
Basta apenas seguir o foco da dor, como seguiríamos o foco da luz do peixe, para encontrarmos sua causa.
Uma análise lúcida da situação, observação dos fatos e conhecimento de si mesmo, servirão como ferramenta de pesca.
A dor nos visita sempre que alguma coisa em nós precisa ser melhorada, quando a vida quer nos ensinar algo, seja uma forma de administrar sentimentos, a conduta com outras pessoas, a renúncia de algum vício ou mania etc.
E como boa professora que é, a dor cessa assim que aprendemos a tal lição, não se prolonga além do necessário, nós que, em nossa imperfeição e más tendências, damo-lhe enfase dilatando-a de forma elástica, dai que vem o sofrimento.
Vale citar um ditado que é mais ou menos assim, Dor todos temos, mas só sofre quem quer.
Então, na próxima vez que sentirmos dor, lembremos que ela é a luz a nos indicar a presença de algum peixe que precisa ser pescado, e nos dediquemos, com o melhor que temos a oferecer, a encontrar-lhe a lição renovadora.
Somente assim, poderemos amadurecer e crescer de forma verdadeira, aproveitando da melhor maneira todas as oportunidades que A Vida nos dá.